Os números sempre tiveram
grande importância na religião, mitologia e magia. Parecem fazer parte das estruturas básicas da
mente e do universo. Mesmo a natureza pode ser construída de princípios
matemáticos. Alguns sistemas filosóficos (Pitagóricos e Platonistas) e místicos
(Cabala) descrevem que tudo é construído a partir de princípios matemáticos e
que os números representam aspectos da existência. Também na tradição Nórdica
os números são de grande importância e são, principalmente, baseados na tríade.
São tríades de deuses e deusas criando a estrutura básica do mundo. Há 3x3 mundos.
Odin permanece pendurado na Yggdrasil 9 noites e lhe são ensinados 18 (2x9)
sons de poder. A tríade é uma idéia pivô em toda a espiritualidade Nórdica. Essa
idéia eternizou-se no pensamento Hegeliano
da tese – antítese – sintaxe, novamente, uma tríade
Vamos então aos números e seu
significado “nórdico”:
Um (1)
O numero um, importante na teologia monoteísta e
filosofia platônica-hermetica não é tão significante na espiritualidade
Nórdica. Yggdrasil como pilar do mundo corresponde a este numero.
Dois (2)
O numero dois é mais significante. O mundo é criado
através de dois pólos: Nifelheim e Muspelheim. Nem mesmo o ser primal Ymer pode
ser conectado com o número um, seu duplo aspecto e conexões marca-o para o
numero dois. A águia e o dragão são dois princípios polares. Hugin e Munin (os
corvos de Odin) podem ser conectadas como o numero dois, e também Gere e Freke
(lobos de Odin).
Três (3)
O numero três é o numero cardeal representando o eterno
movimento do universo (tese – antítese – sintaxe). Uma tríade de deuses Voden
(Odin), Vile e Ve – estruturam o universo. Odin, Hönur, Lodur (provavelmente a
mesma tríade, mas com os nomes alterados) dão ao homem as qualidades da alma.
Urd, Verdandi e Skuld são governadoras do tempo. O numero três é a fundação das
runas e dos sons de poder.
Quatro (4)
O numero quatro representa a ordem. O símbolo deste
numero é a roda do sol (Suástica) que também é o símbolo de Thor. Ele combate
as forças do caos e mantém a ordem. O mundo é suportado pelos quatro anões
cardeais Nordre, Södre, Östre e Västre. Quatro veados mastigam os brotos da
árvore do mundo e podem ser vistos como quatro forças cardeais destrutivas
necessárias fazendo a ordem do mundo.
Cinco (5)
O numero cinco é conectado ao tempo. Uma semana na antiga
sociedade Germânica consistia de cinco dias que foram chamados um “fimmt”.
Seis (6)
O numero seis é conectado ao espaço. Ali há seis direções
(norte, sul, leste, oeste, para cima e para baixo).
Sete (7). O numero sete é associado com o “outro lado”. A
ponte do arco-íris Bifrost é algumas vezes descrita como tendo às vezes três
cores, às vezes tendo sete.
Oito (8). O numero oito representa a ordem das runas. O
Elder Futhark é dividido em três grupos de oito, chamados aettir. O Futhark
Escandinavo pode também ser dividido em dois grupos de oito (três grupos de
cinco e seis são mais comuns de qualquer modo). A linha rúnica Northumbriam de
33 aduelas é dividida em quatro aettir de oito e uma runa separada. Há também
uma linha rúnica muito incomum de 40 runas que podem ser divididas em cinco aettir
de oito runas. A pratica mágica das runas pode ser dividido em oito tipos.
(Havamal 144).
Nove (9)
O numero nove é o numero mais importante na
espiritualidade Nórdica. Na Cabala o numero dez representa o total, na tradição
Nórdica o numero nove preenche a mesma função. Há nove mundos e no submundo
existem mais nove. Odin pendurou-se nove noites na Yggdrasil e ganhou duas vezes nove sons
de poder. O conto de Ynglinga de Snorre Sturlasson apresenta Odin como tendo
nove habilidades mágicas. Os três triângulos unidos na “valknut” são o símbolo
da realização, o numero nove e Odin.

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