Desde
a antigüidade até os dias atuais, o ser humano sempre buscou a sua origem, e também
o seu destino. Busca, como sempre buscou, saber de onde veio e para onde vai!
Tenta prever o futuro, a vida, e o que há após a vida. E, se há vida depois que
a morte vem...
Também
desde sempre, sabe a humanidade – ou pelo menos desconfia – que, quando o corpo perece, o espírito, ou a
alma, passam a viver em outro local, outra dimensão, ou ainda que, em algum
momento, ressuscitará para viver ao lado e de acordo com as regras de seu “Deus”!
E
dessa esperança, dessa crença, dessa “quase certeza”, ao longo das eras forjou
a existência de deuses e demônios.
Nesse
artigo, pretendo comparar as semelhanças da parte mais “humana” do triuno Deus
cristão, Jesus Cristo, com outros deuses não cristãos. E ao final, traçar alguns
comentários sobre a origem das histórias de cada um daqueles seres iluminados e
sua possível ligação astronômica ou astrológica,O julgamento, como sempre, é de
cada um! Dá-se maior ênfase à mitologia do que à história, por se tratar de
assunto subjetivo: a fé!
Certo é, que um homem não vive sem sua fé, seja ela qual for...
Vamos então à comparação de suas histórias:
OSÍRIS – 3.100 a. C.
Osíris, esposo de Isis, pai de Hórus, tinha algumas semelhanças com a
história de Jesus, o nazareno, sendo que a principal delas foi ter ressuscitado
três dias após a sua morte. Porém ele passou seus três dias morto no inferno.
Além de também ter realizado milagres e ter 12 discípulos, Osíris ensinou o
renascimento através do batismo na água.
HÓRUS – 3.000 a.C.
Hórus, filho de Osíris, era o Deus do Céu no Egito Antigo. Assim como
Jesus, ele tinha 12 discípulos – um deles nasceu de uma virgem em uma caverna.
Como Jesus, seu nascimento foi anunciado através de uma estrela, ao Leste, e tal
estrela foi seguida por três reis. Hórus foi batizado quando tinha 30 anos por
Anup, o batista, assim como Jesus foi batizado por João Batista no Rio Jordão.
Além disso, conta-se que Hórus fez levantar um morto e caminhou sobre a água.
Finalmente, ele foi crucificado, enterrado em um túmulo e ressuscitou...
KRISHNA – 3.228(?) 900(?) a.C.
Dentre o “conglomerado”de deuses hindus, destaca-se Krishna, um dos
principais. Anjos, homens sábios e pastores estavam em seu nascimento e lhe deram
presentes bem familiares: ouro, incenso e mirra. Além disso, um homem
mau e ciumento ordenou a matança de todos os recém-nascidos quando ele nasceu.
Krishna também foi batizado num rio e realizou milagres, incluindo ressuscitar
os mortos e curar surdos e cegos. Quando morreu, ascendeu dos mortos para o céu
e espera-se que renasça (Sansara) algum
dia para lutar contra o “Príncipe do Mal”. Necessário mencionar, entretanto,
que Krishna é retratado de diversas formas e com características por vezes bem
diferentes, na cultura hindu.
Hare Krishna Hare Krishna
Krishna Krishna Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama Hare Hare
Krishna Krishna Hare Hare
Hare Rama Hare Rama
Rama Rama Hare Hare
MITHRA – 2.000 a.C.
Mithra é uma antiga
divindade zoroastrista que possui várias semelhanças com Jesus. Ele veio ao
mundo através de um nascimento virginal em 25 de dezembro, e quando nasceu foi
envolto e colocado em uma manjedoura. Mais além, teve 12 companheiros (ou
discípulos) e realizou milagres. Como o Deus cristão, foi crucificado, dando
sua própria vida para salvar o mundo, permaneceu morto por três dias e depois
ressuscitou. Não bastasse isso, é chamado de “o Caminho, a Verdade e a Luz” e
ainda por cima tem sua própria versão de uma “ceia do Senhor” de estilo
eucarístico. Teve um filho, chamado Zaratustra (Zoroastro).
BUDA – 563 a.C.
Siddhartha Gautama foi um mestre religioso e fundador do budismo que
viveu no século 6 a.C. Assim como Jesus, é conhecido por ter curado os doentes
e por ter caminhado sobre a água, além de ter alimentado 500 pessoas com uma
cesta de bolos. Muitos dos ensinamentos de Buda eram parecidos com as coisas
que Jesus ensinou, incluindo a igualdade para todos. Além disso, passou três
dias na prisão e ressuscitou quando morreu.
Existem
outros deuses com características muito semelhantes a estes. Estes são os mais
conhecidos porque co-existiram com a nova religião, chamada de cristianismo. Ou
seja, quando o cristianismo surgiu, tais deuses ainda eram adorados.
Vejamos porque esses deuses possuem tais características,
tão semelhantes:
- Os deuses
de mistérios, na sua totalidade, possuem influências astrológicas. O deus maior
é o Sol, a luz do mundo, o “salvador”. O Sol é facilmente considerado como
deus, pois tais características são muito boas para um “salvador”. Ele traz
vida, aquece, dá luz, etc.
- Um fenômeno
conhecido desde a antiguidade são os solstícios, e no dia 22 de dezembro,
ocorre o início do solstício de inverno (hemisfério norte), no qual o sol tem o
seu ponto mais baixo no horizonte, devido à inclinação do eixo terrestre. Este
ponto mais baixo permanece por um período de três dias, e, no dia 25 de
dezembro, O sol sai deste ponto, subindo 1 grau e voltando, gradativamente, ao
seu ponto mais alto, completando e finalizando assim o solstício de verão.
- A estrela
que brilha mais forte no céu é a estrela Sirius, que no dia 25 de dezembro fica
alinhada à constelação de 3 reis (Marias aqui no Brasil). Este alinhamento
aponta diretamente ao sol.
- Sendo assim, o sol, saindo do solstício de verão
“renasce”, movendo-se 1 grau para o norte depois de três dias (22-25) e quando
renasce, é sinalizado pela estrela Sirius, seguida pela constelação de três
reis, formando assim um alinhamento entre os três.
- Entende-se
que as mitologias surgiram, ou tiveram como base nestes fenômenos. O Sol,
renascendo, é sinalizado pela estrela, que, formando um alinhamento com a
constelação de reis e o sol, nos mostra a constelação seguindo a estrela e indo
em direção ao Sol (salvador).
- Em 274 d.C
o Imperador Aureliano proclamou o dia 25 de dezembro, como "Dies Natalis
Invicti Solis" (O Dia do Nascimento do Sol Inconquistável). O Sol passou a
ser venerado. Buscava-se o seu calor que ficava no espaço muito acima do frio
do inverno na Terra. O início do inverno passou a ser festejado como o dia do
Deus Sol.
- A
comemoração do Natal de Jesus surgiu de um decreto. O Papa Júlio I decretou em
350 que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado no dia 25 de Dezembro,
substituindo a veneração ao Deus Sol pela adoração ao Salvador Jesus Cristo. O
nascimento de Cristo passou a ser comemorado no Solstício do Inverno em
substituição às festividades do Dia do Nascimento do Sol Inconquistável.
- Ou seja,
o dia 25 de dezembro foi proclamado depois do nascimento de Jesus. Então os
deuses de mistério também não nasceram no dia 25 de dezembro. Eles nasceram no
solstício de inverno e não no dia 25.
- Nos
tempos de Jesus e nos milênios anteriores, não existia um sistema de calendário
fixo para vários países ou povos. Cada um tinha o seu. Os calendários sempre
eram confusos e muito diferentes um dos outros. Muitas vezes, a sucessão de um
novo rei, por ordem deste, era modificado o calendário a seu gosto e liberdade.
Um exemplo disso é na própria bíblia. Não encontramos nenhum texto onde as
pessoas comemoravam aniversários, por exemplo. Ou seja, as pessoas não sabiam
em que data nasceram devido a tantas mudanças. O calendário que adotamos hoje é
uma forma recente de contar o tempo. Foi o Papa Gregório XIII que decretou o
seu uso através da Bula Papal "Inter Gravissimus" assinada em 24 de
fevereiro de 1582. A proposta foi formulada por Aloysius Lilius, um físico
napolitano, e aprovada no Concílio de Trento (1545/1563). Nesta ocasião foi
corrigido um erro na contagem do tempo, desaparecendo 11 dias do calendário. A
decisão fez com que ao dia 4 de outubro de 1582 sucedesse imediatamente o dia
15 de outubro do mesmo ano.
- Os calendários dos povos antigos eram baseados
sempre pelas estações do ano e fases da lua. Porém hoje, sabemos que as fases
da lua não seguem uma cronologia correta, fazendo com que esse erro seja
corrigido a cada 4 anos, ou seja, todo ano, sobram 6 horas.
- O
calendário Judaico é composto da seguinte forma: Os anos têm 353 dias quando
são "defeituosos", 354 os "regulares", e 383 dias os
"perfeitos" ou "abundantes". O Rosh Hashana (Ano Novo - 7
de outubro do nosso) dá in¡cio ao per¡odo de dez dias de penitência, que vai
até o Yom Kipur, Dia do Perdão. O calendário israelita é lunissolar, com anos
solares e meses lunares. Para se ajustar os meses ao ano solar, intercala-se um
mês nos anos 3, 6, 8, 11, 14, 17 e 19 de um ciclo de 19 anos. Os meses são
fixados alternadamente com 29 e 30 dias. Sempre em ordem e essa ordem não
falhava, justamente por considerar apenas os movimentos observados da Lua e
Sol. O calendário Judeu nunca sofreu modificações por parte de reis e
governadores, sendo o mesmo até hoje.
- Como contestá-los, diane da confusão de calendários com que chegamos até aqui?
Resumindo a chave é esta: o calendário. Todas as semelhanças acima somente foram
encontradas e datadas DEPOIS do nascimento de Jesus, o que pode evidenciar até
mesmo um “plágio” de outros deuses das características de Jesus Cristo.
E
novamente, a conclusão é sua!

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