O homem se foi sem se dar por convencido. Havia alguma coisa
errada com as operações de Fabian e ele sentiu que suas perguntas tinha sido
evitadas.
No entanto, a maioria das pessoas respeitava a palavra de Fabian
-"Ele é o perito, os demais devem estar errados. Olhem só como é que o
pais desenvolveu-se, como a nossa produção aumentou. É melhor nós deixarmos que
ele tome conta destas coisas".
Para pagar os juros sobre os empréstimos que haviam pedido, os
mercadores tiveram que elevar seus preços. Os assalariados queixaram-se de que
os salários eram muito baixos. Os empresários negaram-se a pagar maiores
salários, dizendo que quebrariam. Os fazendeiros não podiam obter preços justos
pela sua produção. As donas de casa queixavam-se de que os alimentos estavam
muito caros.
E finalmente, algumas pessoas declararam-se "em greve",
algo do qual nunca se tinha ouvido falar antes. Outros haviam sido afetados
pela pobreza, e seus amigos e parentes não tinham dinheiro para ajudá-los. A maioria tinha esquecido a
verdadeira riqueza ao seu redor: as terras férteis, os grandes bosques, os
minerais e o gado. Só podiam
pensar no dinheiro, que sempre parecia faltar. Mas nunca questionaram o sistema.
Eles acreditavam que o governo o estava controlando.
Alguns poucos tinham juntado seu dinheiro em excesso e formaram
companhias de empréstimos ou "companhias financeiras". Podiam obter
6% ou mais, desta maneira, o que era melhor do que os 3% que Fabian pagava, mas
só podiam emprestar o dinheiro que possuíam - não tinham o estranho poder de criar
dinheiro do nada simplesmente registrando números em um livro.
Estas companhias financeiras de alguma maneira preocupavam Fabian
e seus amigos, então eles logo formaram as suas próprias companhias. Na maioria
dos casos, compraram as outras companhias antes de que começassem suas
operações. Em pouco tempo, todas as companhias financeiras ou pertenciam a eles
ou estavam sobre o controle deles.
A situação econômica piorou. Os assalariados tinham certeza de que
os patrões estavam tendo muito lucro. Os patrões diziam que os trabalhadores
eram muito preguiçosos e não estavam cumprindo honestamente seu dia de trabalho e todos culpavam a todos. Os governantes não podiam achar uma
resposta, e além disso, o
problema imediato parecia ser combater a crescente pobreza.
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