domingo, 22 de julho de 2018

Mentira



Quando você diz “Eu creio em Deus!”, você vê em sua frente seu pastor, sua igreja, sua religião?

Então, meu caro, você mente!

Deus tem pouco a ver com religião. E talvez pouco a ver com igreja...

A religião é uma invenção humana.

Desde que o homem passou a ter alguma noção de que a vida pudesse ser algo mais do que sua simples existência terrena, começou a formular ações que lhe provesse algum proveito no pós-morte. E assim surgiram as religiões...

O “negócio” das religiões é a morte. É dela que sobrevivem...

“Este é religioso, vai reencarnar melhor, aquele segue aquela religião porque anseia uma recompensa eterna, o outro não abandona sua igreja porque tem medo de ir pro inferno, enquanto também há os que se tornam fiéis porque esperam, ao menos, ficar menos tempo no purgatório. Tirem da humanidade o medo da morte e as religiões ruirão... Uma a uma!

Não foi apenas no relato de Gênesis que a Torre de Babel foi construída. As religiões também são babilônicas. Vivem para alcançar a Deus, ou vivem para fazer de seu líder um deus, colocando-o no cume da torre. Tire as promessas de fama e prosperidade e as torres vem ao chão.

Você pode até achar que fama e prosperidade são motivos justos para se buscar uma religião. Na verdade, é exatamente por isso que a maioria das pessoas a busca. Mas se sua religiosidade serve apenas para ligar você aos seus próprios desejos, você continua só, não se religou a ninguém, muito menos a Deus.

"Reconcilia-te com teu adversário enquanto estão juntos no caminho", disse Jesus. É esse tempo de vida, de caminhada nesta terra, que nos cabe promover o Reino de Deus, pois o Reino do Pai não é próprio da  morte, mas da vida. Contrariando todo princípio religioso, Jesus manda interromper o ritual do sacrífício, pois sacrifício algum tem valor, se não sabemos viver primeiro o ministério da reconciliação, a espiritualidade da vida, que nos religa ao sofredor, ao faminto, ao necessitado, preso, ou marginalizado e até mesmo aos inimigos.

É bom termos consciência de que a religiosidade vertical é uma falácia, salvo no sentido Deus     homem. Os ritos religiosos não podem nos levar a Deus. Segundo os próprios catecismos, eles são meios, e não fins, de conceder Deus, a graça. Meios pelos quais Deus vem a nós, a fim de que alcançados e fortalecidos por Ele, O alcancemos horizontalmente, isto é, na pessoa de quem está junto no caminho. Nesse aspecto, sim, teremos um verdadeiro religare. Não por acaso disse Tiago (Tiago Cap1, Ver27): “A religião pura e imaculada para com Deus e Pai, é esta: Visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações, e guardar-se da corrupção do mundo.” (Tiago1:27)

Então, ok. Existe, sim, um verdadeiro religare, uma verdadeira religião...

Ela, porém, não é construída com um altar e bancose talvez não tenha nela uma cruz.

Ela simplesmente acontece onde alguém se dispõe a ajudar outro alguém.

Então quando alguém lhe perguntar se você crê em Deus, antes de responder positivamente, “vá depressa buscar seu irmão”...

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