Ainda que chamado de “calendário cristão”por ter sido fixado
no ano 45 a. C. pelo pontífice máximo da República Romana, Júlio Cesar, nosso
calendário está impregnado de simbolismo pagão e astrológico.
É em muito parecido com o Calendário Solar Egípcio, em vigor na
época, mantendo inclusive o dia “extra” nos anos bissextos.
As calendas,
no antigo calendário romano, eram o primeiro dia de cada mês, quando
ocorria a Lua Nova. Havia três dias fixos: as calendas, as nonas (quinto
ou sétimo dia, de acordo com o mês) e idos (13.º ou 15.º dia,
conforme o mês). Dos idos é que provém a expressão "nos
idos de setembro" para expressar uma data para a segunda metade do mês.
E é da palavra calendas que se
originou o termo “calendário”.
Como
maior exemplo de influência astrológica (ou pagã) no nosso calendário atual (o
calendário Juliano - ou calendário Cristão, como alguns preferem chamar) podemos citar a data comemorada como sendo o aniversário de
Cristo, o NATAL.
O Natal é uma data escolhida pela Igreja, há mais de 1500
anos e que coincide com a celebração pagã do Solis Invictus, ou, sol
invencível. Esse efeméride ocorria logo após o solstício de inverno, ocorrido
com a entrada do Sol em Capricórnio, e celebrava o ponto de culminação
zodiacal, uma vez que Capricórnio representa o ponto “mais alto” do Céu.
Mas as festas móveis, ou seja, aquelas cujas datas variam de ano para ano (o Carnaval, a Páscoa e o Pentecostes), obedecem a uma forma de cálculo inteiramente astrológica.
Mas as festas móveis, ou seja, aquelas cujas datas variam de ano para ano (o Carnaval, a Páscoa e o Pentecostes), obedecem a uma forma de cálculo inteiramente astrológica.
A Páscoa é considerada a festa das festas da Cristandade, por celebrar a ressurreição de Jesus. E a data em que ela ocorre é calculada da seguinte maneira: o Domingo de Páscoa é o primeiro Domingo, após a primeira Lua Cheia, depois do Equinócio de Outono (no hemisfério Sul), ou seja, depois da entrada do Sol no Signo de Áries.
Não por acaso o signo de Áries está associado ao carneiro, uma óbvia alusão ao Agnus Dei, o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo. (?)
A Lua Cheia representa, numa análise mais superficial, que o modo da inteligência propriamente humana alcança o seu máximo, pois cumpre integralmente sua função que é refletir o conhecimento espiritual, simbolizado pelo sol. Em segundo lugar, a Lua Cheia representa também a plenitude do feminino, do materno, sua fecundidade e fertilidade, geração e nutrição.
É exatamente esse conjunto de significados simbólicos que entremeia os atributos cristãos da Páscoa, a festum festorum (festa das festas) da Cristandade. De modo semelhante ao ingresso do Sol em Áries, a vitória do Cristo, sobre a morte e sobre o tempo, ressuscitando dentre os mortos, renova o antigo mundo e, como a Lua Cheia, gera e inicia uma nova vida.
Como dissemos acima, a Páscoa é a principal e mais importante festa cristã, pois a ressurreição do Cristo, depois de seu sacrifício como o cordeiro de Deus, é a estrutura de sustentação sobre a qual se baseia a fé cristã.
A partir do Domingo de Páscoa, o Domingo de Carnaval é colocado 7 semanas ou 49 dias antes e o Pentecostes, quando se celebra a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos, 7 semanas, ou 49 dias, depois.

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