segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Repeteco


“Palavras do pregador, filho de Davi, rei em Jerusalém. Vaidade de vaidades, diz o pregador, vaidade de vaidades! Tudo é vaidade. Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, que faz debaixo do sol? Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. Nasce o sol, e o sol se põe, e apressa-se e volta ao seu lugar de onde nasceu. O vento vai para o sul, e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento, e volta fazendo os seus circuitos. Todos os rios vão para o mar, e contudo o mar não se enche; ao lugar para onde os rios vão, para ali tornam eles a correr. Todas as coisas são trabalhosas; o homem não o pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir.
O que foi, isso é o que há de ser; e o que se fez, isso se fará; de modo que nada há de novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembrança das coisas que precederam, e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, entre os que hão de vir depois. Eu, o pregador, fui rei sobre Israel em Jerusalém.
E apliquei o meu coração a esquadrinhar, e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; esta enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens, para nela os exercitar. Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol, e eis que tudo era vaidade e aflição de espírito. Aquilo que é torto não se pode endireitar; aquilo que falta não se pode calcular. Falei eu com o meu coração, dizendo: Eis que eu me engrandeci, e sobrepujei em sabedoria a todos os que houve antes de mim em Jerusalém; e o meu coração contemplou abundantemente a sabedoria e o conhecimento. E apliquei o meu coração a conhecer a sabedoria e a conhecer os desvarios e as loucuras, e vim a saber que também isto era aflição de espírito.
Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta em conhecimento, aumenta em dor.”
(
Eclesiastes 1:1-18)

Antes de continuar, peço que releiam, pausadamente, o texto bíblico acima.
Muitos teólogos atribuem tal livro à Salomão, personagem tido como sábio. Entretanto no versículo 12 o autor afirma "Fui Rei sobre Israel". Usaria Salomão tal afirmação no passado? E escreveria, como o fez no Cap 7, Verso 23, que "a sabedoria ainda estava longe de mim"? Bem, não pretendo adentrar no labirinto que é definir "autores" de livros que constam da Bíblia. Isso já fez o Concílio de Nicéia, no século IV. O que me chama a atenção a longo tempo, são as afirmações constantes especificamente do Capítulo 1. De forma pessimista ou incisivamente realista, o autor propõe que os homens cometem sempre os mesmos erros. Repetem a história, invariavelmente. A tecnologia que hoje existe e aquela que ainda surgirá, já foi antes de nós. "Nada há de novo embaixo do sol". Ora, se tudo é "repeteco", então onde o alinhamento planetário ocorrido no equinócio da primavera , no sábado, nos afetará? Afetará? Busquemos na história as respostas, e dentro de nós a solução a esse enigma. Não ocorreu nenhum cataclisma. Não houve o fim do mundo. Nenhuma "transformação" se notou. E nem Cristo foi visto "do Oriente ao Ocidente". E, vejam, o próprio Livro de Eclesiastes afirma "...a terra permanece para sempre" - (v.4). Não há registros do passado longínquo que não se inspirem na própria Bíblia ou na Ciência... Existe entretanto uma "terceira via"... Além um pouco, na minha "tresloucada" reflexão, está a Astrologia, que,  mais antiga que o próprio Cristianismo, nos dá respostas sobre nossas origens e destino. Mas não é uma ciência (oficialmente) e também é combatida pela "religião". Antes que perguntem, respondo: Não! Não acredito em horóscopos! Acredito apenas que os corpos celestes, estes sim, deveriam ser mais estudados, como o eram na antigüidade. Ou seria Deus apenas um "capataz" da terra, e não o "Senhor" do Universo?
Não pretendo aqui ser professor, nem mesmo mudar o pensamento desse ou daquele, pelo contrário, tenho consciência que por mais que aprenda, serei sempre um ignorante aprendiz. Mas confesso que me agrada a ideia de sugerir que pode existir muito mais entre o céu e a terra, do que sonha a nossa filosofia, ciência ou religião.
"Quando a Lua estiver na sétima casa
E Júpiter se alinhar com Marte
Então a paz orientará os planetas
E o amor guiará as estrelas
Esse é o nascer da ERA de AQUARIUS"

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