segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Quem é o "autor" da Bíblia?




Há controvérsias, já dizia um conhecido humorista!

O Antigo Testamento, nos primórdios do Cristianismo contava duas versões distintas, mas três idiomas originais. A maior parte foi escrita e chegou aos dias atuais em hebraico. Alguns capítulos e alguns livros, porém, estão em Aramaico. Outros livros, bastante “citados” nos tempos atuais como Macabeus e o Livro da Sabedoria foram escritos originalmente em grego.

A versão Palestina do Antigo Testamento era composta por 39 livros que foram escritos na Terra Santa, em hebraico e divididos em “A Lei” (Torá), “Os Profetas” e “Os Escritos” (Hagiografia). A esta chamam “Cânon Restrito”.

A versão Alexandrina do Antigo Testamento era composta por 46 livros, e é uma tradução grega da versão Palestina, compilada em Alexandria entre os anos 250 e 100 A. C., por 70 sábios judeus. Chamam-na de “Cânon Completo”.
Os livros que estão na versão Alexandrina e não estão na versão Palestina são Tobias, Judite, Sabedoria, Baruc, Eclesiástico e Macabeus 2, além dos fragmentos de Ester (10, 14-16) e Daniel (3, 20-24; 13 e 14).
Essa versão ficou conhecida como a Septuagenta ou Versão dos Setenta

Enquanto se difundia o Novo Testamento com os Evangelhos e as cartas dos Apóstolos que surgiam (e que os judeus não acreditavam nem aceitavam), os Doutores da Sinagoga (rabinos judeus) realizaram um Sínodo na cidade Palestina de Jâmnia, e definiram quais livros do Antigo Testamento deveria fazer parte de sua Bíblia, fixando os seguintes critérios para isso:
a) O livro deveria ter sido escrito na Terra Santa;
b) Somente em hebraico (não aramaico nem grego);
c) Antes de Esdras (455-428 a.C.);
e) Sem contradições com a Torá ou Lei de Moisés.
Por esses critérios não foram aceitos na Bíblia Judaica da Palestina os livros que posteriormente também deixaram de constar no Antigo Testamento da Bíblia protestante.

A definição final, entretanto, do Cânon Bíblico para os cristãos partiu da autoridade apostólica da Igreja Católica, principalmente em concílios, tanto para os livros do Velho Testamento, quanto para os livros do Novo Testamento, como pode ser evidenciado historicamente.

O termo “cânone” (ou “cânon”) é usado para descrever os livros que foram divinamente inspirados e, por isso, pertencentes à Bíblia.

Em comparação ao Novo Testamento, houve pouca polêmica a respeito do cânone do Velho Testamento. Crentes Hebreus reconheceram os mensageiros de Deus e aceitaram o que escreveram como inspirado por Deus.

Para o Novo Testamento, o processo de reconhecimento e compilação começou nos primeiros séculos da igreja cristã. Desde o início, alguns dos livros do Novo Testamento foram sendo reconhecidos.

Vários concílios se basearam nos seguintes princípios para determinar se um livro do Novo Testamento era realmente inspirado pelo Espírito Santo: a) O autor foi um apóstolo, ou teve uma estreita ligação com um apóstolo? b) O livro é aceito pelo Corpo de Cristo como um todo? c) O conteúdo do livro é de consistência doutrinária e ensino ortodoxo? d) Este livro contém provas de alta moral e valores espirituais que refletem a obra do Espírito Santo?

Para se chegar ao Novo Testamento que temos, a Igreja Católica teve de rejeitar diversos livros que não eram inspirados por Deus e, através da sua autoridade apostólica, definir o Cânon das Escrituras.

O homem nesse caso, julgou-se capaz de avaliar a inspiração de Deus!

Em outras palavras, é  (novamente) a fé que determinará a resposta!

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