sábado, 30 de março de 2019

Quaresma?!



             Para os ateus sua importäncia se resume à aparência exótica e sabor único da fruta também chamada de fruta-ata, pinha, anona, fruta do conde, pinheira e ateira.
Se você nunca provou, experimente. É um fruto doce e, de acordo com os “naturalistas” com vários benefícios nutricionais: pode ser utilizada para fazer chá, suco, para consumir ao natural, assada ou cozida.
Há quem a caracterize como a fruta da cura e da juventude. A explicação está no fato que várias partes prometem benefícios. A fruta madura, por exemplo, pode apoiar no tratamento contra fraqueza, anemia e desnutrição. Já o chá da casca do tronco fortifica o estômago e o intestino.
É fonte de vitaminas do complexo B, combatendo a prisão de ventre e ajudando a regular o intestino.
 .          Mas, nem todo ateu é naturalista e nem mesmo todo naturalista é ateu, portanto aí não há unanimidade.
            A unanimidade está entre os cristãos, e o período conhecido como “quaresma”.
Cerca de duzentos anos após o nascimento de Cristo, os cristãos começaram a preparar a festa da Páscoa com três dias de oração, meditação e jejum. Por volta do ano 350, a Igreja aumentou o tempo de preparação para quarenta dias e foi assim que surgiu a QUARESMA.
            A Igreja Católica, definiu que o período que se inicia na quarta-feira de cinzas e se estende até a Quinta-feira Santa na missa do lava pés, como determinou o Papa Paulo VI na Carta Apostólica aprovando as Normas Universais do Ano Litúrgico. O novo Calendário Romano geral, n. 28 diz: “O tempo da Quaresma vai de Quarta-feira de Cinzas até a Missa na Ceia do Senhor (Quinta-feira santa, à tarde), inclusive”. E também a Paschalis Solemnitatis da CCD de 1988, que diz: “O tempo quaresmal continua até à Quinta-feira Santa. A partir da missa vespertina “in Cena Domini” inicia-se o Tríduo Pascal, que abrange a Sexta-feira Santa “da Paixão do Senhor” e o Sábado Santo, e tem o seu centro na Vigília Pascal, concluindo-se com as vésperas do Domingo da Ressurreição”.
           As igrejas anglicana, evangélica e luterana consideram as mesmas datas.
A quaresma foi inspirada no período de 40 dias de tentação de Jesus Cristo no deserto, nos 40 dias de Noé na arca e ainda em Moisés que vagou 40 anos no deserto.(?)
Cristãos e Judeus conhecem a ligação entre a Páscoa Judaica e a Páscoa Cristã, entretanto pouco se fala sobre a conexão existente na Quaresma.
Vejamos: a Páscoa Judaica inclui os meses de preparação. Tal preparação  preparação é tão importante quanto a própria refeição.
Limpando suas casas do fermento, estudando o Êxodo e examinando a própria consciência os Judeus se preparam para a Páscoa.
“Assim como um bebê é gerado no ventre da mãe por nove meses, do mesmo modo o renascimento (ou ressurreição) do mundo necessita de preparação”.
A Quaresma é então, esse periodo de preparação. Preparação para o renascimento do povo judeu e para a ressurreição de Cristo.
Poderíamos ainda adentrar em hordas não cristãs e afirmar que o perído da Quaresma é apenas aquele que antecede o “Eostumonath” saxão, agora traduzido como “mês Pascal” que foi assim chamado em alusão a uma deusa de nome Eostre, cujas festas em sua honra eram comemoradas naquele mês. Designam então essa época pascal pelo seu nome, chamando as alegrias do novo rito pelo nome honrado da antiga observância.
Mas, isso é assunto para outro dia...

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